A ameaça de epidemia é iminente, já que os registros de casos da doença aumentam a cada dia
A dengue voltou a ser motivo de preocupação em Cacoal. Ao longo do ano os casos não pararam de surgir, e já foram contabilizados mais de mil casos. No último mês o aumento tem sido alarmante, com mais de 70 casos novos a cada semana. Assim como foi noticiado no Diário há pouco mais de duas semanas, o distrito do Riozinho, a 10 km de Cacoal é um dos locais com maior índice da doença. Porém, nos bairros periféricos a situação também é considerada crítica. Além das fossas não aterradas, que ficaram após as obras de saneamento, com a intensificação das chuvas as caixas d’água e o lixo doméstico voltaram a serem motivos de preocupação. Ali, na água limpa e parada o mosquito transmissor da doença, Aedes Aegipty, encontra o ambiente propício para se proliferar.
Prevenção
Os bairros com maior número de casos são aqueles em que foi feito o trabalho de saneamento básico, já que ali a maioria das fossas não foi aterrada, entre os quais: Teixeirão, Floresta, Mutirão, Jardim Clodoaldo, Jardim Saúde, entre outros. Em todo o município 28 agentes fazem o trabalho de orientação e notificação. Porém, conforme o agente de Saúde, Cícero Martins, que faz a orientação nos bairros, as notificações foram suspensas por falta de pessoal para aplicar as multas. Desta forma os agentes orientam os moradores e dão 72 horas de prazo para que eles limpem os quintais.
Porém, geralmente isso não acontece, já que os agentes não aplicam as penalidades previstas em lei. Segundo Cícero é muito difícil combater a doença apenas com orientação, as multas seriam uma forma mais eficaz de prevenir o aumento no número de casos da doença. Conforme informações fornecidas pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura, a Semusa realiza ainda mutirões de limpeza em quintais e canteiros centrais da cidade. A secretaria insiste nas visitas de rotina, para serviços de educação em saúde, orientando aos moradores casa a casa. “Já realizamos 119 mil visitas.
Uma média de cinco em cada residência”, afirmou Flaviano Melo, responsável pelo Setor de Endemias. Durante as visitas, foram encontrados 256 mil depósitos à disposição do mosquito. O principal foco continua sendo o lixo doméstico com 70 % dos criadouros.
Alerta
O responsável pelo Setor de Endemias teme pelo risco da entrada do vírus que causa a dengue hemorrágica. Segundo ele, há suspeita da doença em Jaru e outros municípios, embora os dados ainda sejam extraoficiais. Quando à aplicação de inseticida para combater o mosquito nos bairros, o chamado fumacê, ele disse que o procedimento vem sendo feito, mas que não é suficiente para combater a doença. Ainda de acordo com o gerente de endemias, um grande avanço foi o aterro de fossas desativadas. Uma pesquisa realizada na cidade detectou 900 residências que necessitavam do serviço.
“Durante o mês de outubro nós aterramos mais de 500 fossas”, afirmou Flaviano. No
mês de dezembro este serviço terá continuidade. Ele agradeceu o apoio dos empresários que doaram caçambas para transportar a terra durante a mega operação, que durou seis sábados.
FONTE;tribunadecacoal.blogspot.com/
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