Em 2009 não foi constatado nenhum óbito causado por dengue em Aracaju. Esse é um dos bons resultados alcançados pela intensificação das ações nos bairros onde há maior incidência de focos do mosquito transmissor da doença. Os números positivos são um reflexo das visitas constantes dos agentes de endemias às residências, canteiros de obras e terrenos baldios, além das capacitações das equipes e campanhas publicitárias voltadas à prevenção e orientação. Entre os meses de janeiro e agosto de 2009, a capital sergipana apresentou uma queda de 90,23% no número notificações de casos com suspeita de dengue e de 97,26% na quantidade de casos confirmados em relação ao mesmo período de 2008.
Taíse Cavalcanti, coordenadora da Vigilância Epidemiológica
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Taíse Cavalcanti, os dados são expressivos. "Foram 1.130 casos suspeitos de dengue, com 287 casos confirmados. Em 2008, foram notificados, no mesmo período, 11.573 casos suspeitos e 10.481 confirmados", explica.
Conforme o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela SMS no início de setembro, dos 39 bairros de Aracaju, 23 conseguiram reduzir o Índice de Infestação Predial (IIP) em relação ao levantamento anterior, feito no mês de julho. "Constatamos uma queda de 24% no percentual de infestação, chegando ao patamar de 2,2%, que é considerada de risco médio para o aparecimento de surto ou epidemia de dengue", afirma Taíse.
O critério de avaliação dos valores do IIP, de acordo com o Ministério da Saúde, classifica como ‘baixo' ou ‘satisfatório' o percentual de infestação que vai de 0% a 0,9%; como ‘médio' ou ‘alerta' o percentual entre 1% e 3,9%; e como ‘alto' ou ‘risco de surto' os índices acima de 4%. "De todos os bairros da capital, 12 foram classificados em baixo risco [satisfatório], 21 classificados em médio risco [alerta] e seis bairros em alto risco [risco de surto]", observa a coordenadora.
LIRAa
Esse foi o quinto LIRAa realizado pela SMS este ano. A iniciativa permite dar prioridade às áreas onde a quantidade de focos encontrados é maior. "A cada início de ciclo do mosquito, realizamos um LIRAa logo na primeira semana para dar o diagnóstico dos bairros aracajuanos e para intensificar e direcionar as ações em relação ao problema encontrado naquele momento", diz Taíse.
Para ela, o Santa Maria é um bom exemplo de bairro onde a atuação dos agentes de endemias foi intensificada e rapidamente apresentou bons resultados. No levantamento de julho, o índice de infestação na localidade era de 4,2%, considerado como ‘risco de surto'; atualmente está em 1,7%, na categoria de risco ‘médio'.FONTE:sn1.globo.com O PORTAL DAS NOTICIAS DO SERGIPE
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