Crianças morrem com suspeita de Meningite
Este ano já foram confirmados 13 casos da doença na cidade
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VOLTA REDONDA
Duas crianças morreram na cidade nos últimos 15 dias com suspeita de terem contraído Meningite Meningocócica. A primeira vítima foi Moisés Dias de Carvalho, de oito meses, morador do bairro Roma, que faleceu dia 4, e a segunda foi Igor Gabriel Costa dos Reis, três anos, morador do Eucaliptal, que faleceu domingo.
Outras duas crianças do bairro Eucaliptal tiveram sintomas da doença. Ambas são estudantes da Classe de Alfabetização (CA) da escola João Hassis, localizada no mesmo bairro. Os casos estão deixando pais de alunos das escolas onde as crianças estudavam assustados. Muitos deixaram de mandar os filhos para a aula.
Em entrevista coletiva à imprensa, no final da tarde de ontem, a secretária de Saúde do Município e a coordenadora do Setor Epidemiológico, Suely Pinto e Ana Valéria Maia, informaram que as duas crianças já tiveram alta do hospital e passam bem.
Suely afirmou que não há motivos para pânico, pois não há um surto da doença na cidade. “Os casos aconteceram coincidentemente. Não há um indicativo epidemiológico de surto de meningite em nenhum deles”, frisou, acrescentando que os primeiros exames laboratoriais foram realizados e indicam suspeita da doença, mas somente o resultado de um exame mais minucioso, que está sendo feito em um laboratório do Rio de Janeiro com amostras de materiais retirados das crianças, poderá dizer se realmente se trata de meningite meningocócica. Os resultados devem ficar prontos nas próximas semanas.
Segundo Ana Valéria, a creche que o menino Igor estudava, a Associação de Proteção à Maternidade e Infância (APMI), localizada no bairro Conforto, suspendeu as atividades esta semana porque vários pais estavam com medo e deixaram de mandar seus filhos para a creche, onde haveria uma programação especial devido às comemorações da Semana da Criança. Porém, ela reafirmou que não havia necessidade da suspensão das atividades. Na Escola João Haasis, a coordenadora do Setor epidemiológico contou que realizou uma reunião com os pais das duas turmas do CA onde os alunos com suspeita da doença estudam e explicou que não há necessidade de suspensão das aulas. Para os 60 alunos das duas turmas, duas professoras e familiares que tiveram contato com as crianças foi ministrada uma medicação que esteriliza a garganta e o nariz, visando à interrupção de possíveis agentes transmissores.
“Neste caso em particular, as duas salas de aula são muito próximas, pouco arejadas e a disposição das carteiras em formato de círculo, o que facilita o contato muito entre as crianças, por isso ministramos o procedimento em todos os alunos”, esclareceu, acrescentando que o bebê do bairro Roma não frequentava a creche, então o procedimento foi adotado somente na família que teve contato próximo.
Volta Redonda registra 13 casos de meningite este ano
Segundo Ana Valéria, de janeiro deste ano até agora na cidade foram registrados 13 casos confirmados de meningite. Deste total, cinco eram adultos e 11 deles receberam alta. Porém, existem inúmeros tipos de meningite que na linguagem médica é considerada uma síndrome e não existe um único agente capaz de produzir a doença. São inúmeras as bactérias, fungos e vírus que podem causar a inflamação das meninges (membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal).
Um dos tipos mais graves é a meningite meningocócica, que tem início repentino e evolução rápida. Pode levar ao óbito em menos 48 horas. Mas muitos casos evoluem para a cura sem deixar sequelas.
Ana Valéria explicou que o contágio da doença se dá por meio do contato com gotículas de saliva da pessoa infectada. Por isso, entre crianças até os sete anos de idade o risco de contágio é maior, já que costumam compartilhar chupetas, pirulitos entre outros objetos de uso pessoal. Segundo ela, 10% da população mundial são hospedeiros saudáveis de vários tipos de meningite, por isso também não é aconselhável que pais deem beijos (chamados de selinhos) na boca das crianças.
Os principais sintomas da doença são febre alta, vômito, dores de cabeça e nas juntas. A melhor forma de prevenção é evitar ambientes fechados, não compartilhar objetos pessoais e manter uma boa alimentação.
FONTE:www.avozdacidade.com/portal
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