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domingo, 4 de outubro de 2009

AGENTE COMUNITARIO DE SAÚDE FALANDO SOBRE SEXO NA GRAVIDEZ!!



Gravidez e sexo

Queixa freqüente nos consultórios médicos, a queda da libido durante o período de gravidez é um assunto mais sério do que se imagina. Segundo os especialistas, a grande maioria das gestantes passa pelo problema, que pode ser desencadeado por uma série de razões, de físicas a emocionais. E não só as mulheres sofrem com esta mudança de comportamento, é também significativo o número de homens que enfrentam a diminuição do entusiasmo sexual nesta fase, seja por parte da esposa ou dele próprio.
Dúvidas e crenças equivocadas em torno do comportamento sexual existem há milhares de anos. Algumas sociedades, por exemplo, defendiam a teoria de que o sêmen tinha o poder de matar o feto por afogamento ou até cegá-lo. Os persas eram mais radicais; casais que mantinham relações sexuais durante a gravidez eram condenados à morte.
Em contrapartida, na Índia a regra que valia era a de que o sêmen tinha a função de alimentar o feto.
Como estas, inúmeras teorias relacionadas a este período foram disseminadas entre os povos ao longo da História. Porém, não se deve achar que estes eram mitos do passado, padrão típico de sociedades pouco evoluídas.
Ainda hoje, entre culturas avançadas especialistas atestam questionamentos de nível semelhante. Muitos pais, simplesmente abstêm-se do sexo por achar que a penetração pode machucar o bebê. Outros, por uma questão mais ligada ao emocional, param com as relações por associar a imagem da esposa com o aspecto sagrado da maternidade.
Independentemente do motivo que leva o casal a comprometer a qualidade de suas relações sexuais, os médicos recomendam acompanhamento especializado. “A gestação pode trazer ou agravar problemas já existentes. Quando surge algum padrão de comportamento diferente neste período, é necessário tomar muito cuidado, pois a situação pode perdurar mais tempo do que se imagina”, explica a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Projeto de Sexualidade (ProSex), que funciona no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
No ProSex, uma equipe multidisciplinar, formada por ginecologistas, urologistas, psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais, presta atendimento aos casais com reclamações ou questionamentos envolvendo a intimidade. “O primeiro passo é detectar se a disfunção é de ordem física ou psicológica para que se possa indicar o tratamento mais adequado”, frisa a médica. “Há casos em que se verifica um misto de problemas englobando estes dois aspectos.”
Os pais, salienta a médica, devem ter consciência de que a gravidez é uma fase transitória que acarreta grandes mudanças físicas e hormonais – no organismo da mulher. O que traz resultados diretos na vida conjugal. E não é raro ocorrer de a gestante sentir necessidade de um tempo para assimilar seu novo papel, o de mãe, e ainda todas as alterações hormonais que logo têm início. “Em certos casos, a mulher demora um pouco mais para se adaptar a esta nova identidade, a de mãe e esposa, concentrando toda sua energia neste processo. Somando-se a isso um eventual sentimento de ciúme por parte do marido, o resultado é o distanciamento do casal e a perda do desejo sexual”, ressalta Carmita.
Por volta dos seis, sete meses, a mulher se depara com uma outra realidade que pode se transformar numa barreira à entrega na relação: seu corpo está com novo contorno, suas formas arredondadas evidenciam contundentemente a presença do bebê. “Ela pode começar a sentir-se feia, achar que seu corpo está deformado e, junto com a questão hormonal, a futura mãe se vê diante de fatores impeditivos para o sexo.” A psiquiatra comenta que muitos maridos realmente perdem o apetite sexual por este motivo. Afinal, “mais gorda” ela deixa de despertar interesse.
Claro que este quadro não é regra, a situação pode ser inversamente contrária. “No ProSex tenho recebido casos de mulheres que vêem seu comportamento sexual mudar completamente durante a gestação, que sentem vontade redobrada de ter uma vida sexualmente mais ativa. O sexo e o prazer ganham outra dimensão, pois esta mulher está mais centrada e segura. Há também os homens que acham que a mulher fica mais sexy durante o período gravídico”.
Para Carmita, a gravidez está diretamente associada à sexualidade. E o sexo é permitido, sim, durante praticamente toda a gestação. A não ser quando a gravidez é acompanhada de alguma patologia que coloca em risco a saúde da mãe ou do feto. Situações nas quais os médicos costumam recomendar repouso. “Numa gestação normal, geralmente, não há nenhuma restrição ao relacionamento sexual. Obviamente, pelo aumento de volume abdominal, torna-se necessária a adição de diferentes posições para a relação, principalmente nos últimos três meses”, informa Arnaldo Schizzi Cambiaghi, obstetra e especialista em infertilidade
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A volta ao sexo, com prazer

A experiência de ter o primeiro filho é indescritível para todo pai e toda mãe. Para a maioria, a chegada do bebê une ainda mais o casal e celebra, de fato, a união. Mas o nascimento do filho muda, e muito, a rotina do casal. As noites passam a ser mal dormidas, os passeios, as viagens e os jantares são cada vez mais raros e os momentos de prazer a dois quase que desaparecem nos primeiros meses. Para que marido e mulher - antes dois pombinhos apaixonados e agora marinheiros de primeira viagem - não se afastem nessa fase são necessários muita conversa, amor, carinho e compreensão das duas partes.
- Só assim o fogo da paixão continuará aceso, já que o bebê passa a exigir parte da energia do casal - afirma o ginecologista e obstetra Henrique Alberto Pasqualette, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher.
O médico diz que para o casal retomar a sua vida sexual depois da chegada do bebê são necessários alguns ajustes. O primeiro passo, segundo ele, é respeitar o "jejum sexual" de 45 dias depois do parto, para que o corpo da mulher volte às suas funções normais:
- É importante que os maridos aprendam esses pequenos segredos, para que a volta ao prazer seja plena.
Pasqualette explica que, nesse período de jejum, o útero se recupera da ferida que ficou em sua parede depois do parto e da saída da placenta:
- O endométrio (espécie de "tapete" que reveste o útero) descama e os vasos sangüíneos, que nutriam a placenta na gravidez, vão se recompondo. Tudo isso acontece durante o processo de contração uterina, que é estimulada pela amamentação.
O ginecologista avisa que se o casal insistir em ter sexo nessa fase a experiência pode não ser agradável.
- A mulher sentirá muita dor na vagina, no caso de parto normal, em função do corte que é feito para facilitar a saída da criança, ou dores no ventre, no caso de uma cesariana. Além disso, o organismo feminino corre o risco de ser contaminado por microorganismos - explica Pasqualette.
Mas, passada essa quarentena, o casal já pode voltar a ter relações sexuais, sem medo de causar problemas à saúde da mulher.
RELAÇÕES SEXUAIS

O casal pode manter vida sexual normal, adaptando-se às mudanças do corpo feminino, que dificultam algumas posições para o ato sexual. É comum uma alteração da libido feminina, durante a gestação, por problemas psicológicos ou pelos enjôos. Mas para uma minoria o "apetite " sexual aumenta, devido à ação dos hormônios da gestação que deixam a vulva e os seios um pouco mais sensíveis.
Caso haja sangramento vaginal, devem ser evitadas as relações sexuais até que a causa seja determinada.

Mitos e Verdades
• A relação Sexual não machuca o bebê.
Isto porque o colo do útero é bem fechado, não há como se chegar ao bebê e muito menos machucá-lo, O único cuidado que se deve ter é em casos de gestação com risco de aborto, pois o esperma é muito rico em prostaglandina —substância que provoca contrações no útero. Neste caso, o ideal é usar camisinha.
• A mulher tem orgasmo normalmente. Se isso não ocorre, pode ter certeza de que é coisa da sua cabeça.
• Alguns casais optam por não ter relações completas devido ao tamanho da barriga ou à proximidade com o parto, preferindo dedicar-se ao sexo oral ou a masturbação mútua, o que não causa nenhum problema.


Fontë: Estação do bebê:FONTE ACS ROBERTO

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