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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

AGENTES COMUNITARIO DE SAÚDE PARTICIPARAM DE UM PALESTRA SOBRE ABUSO SEXUAL INFANTO- JUVENIL


Palestra trata do enfrentamento ao abuso sexual infanto-juvenil

Ontem pela manhã, o Programa de Prevenção à Violência (PPV) realizou uma palestra para mais de 100 pessoas no auditório do Senac. O tema era a prevenção ao enfrentamento do abuso e exploração sexual infanto-juvenil e a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes.
Para palestrar foram convidados a delegada do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) da Polícia Civil, Eliete Rodrigues, a escrivã de polícia e psicóloga, Suzana Braun, e o inspetor de polícia, Jairton Pescador. Entre os presentes, estavam inspetores da Delegacia da Mulher, conselheiros tutelares, agentes comunitários de saúde, profissionais da saúde, professores e comunidade envolvida com o tema.
De acordo com a delegada de polícia Eliete Rodrigues, a exploração infanto-juvenil ocorre em alguns casos dentro das famílias. “No Estado, acontece uma subnotificação muito grande. Às vezes, os casos não são revelados ou são revelados, mas não são levados ao conhecimento dos órgãos públicos. Entre os números, a violência intrafamiliar ocorre bastante. Muitas vezes, os próprios familiares são os agressores”, destacou.
Segundo Eliete, a palestra auxilia na capacitação dos profissionais. “Há o caso de profissionais que não têm domínio do estatuto, não sabem identificar casos de violência. Por isso, é preciso observar os sinais de abuso”, alertou. Como exemplo de conduta profissional, a delegada falou sobre o caso de uma criança que chega ao hospital dizendo que caiu da escada. “Se o profissional não estiver atento, ele faz o procedimento e não percebe nada. Mas com a conversa, ele pode descobrir que, na verdade, foi uma violência”, disse.
A delegada destacou ainda a necessidade de aperfeiçoamento. “É preciso ter um olhar instrumentador. A capacitação do profissional tem que ser continuada. Quem atua na área da infância deve estar permanentemente se capacitando”, acrescentou.



Bebidas alcoólicas
Sobre o uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes, Eliete falou do exemplo familiar. “Existe uma grande dificuldade de enfrentamento devido à questão cultural. Está na nossa cultura o uso e até o abuso da bebida. As crianças aprendem com os exemplos. É difícil eu dizer para o meu filho não usar álcool, se eu estiver embriagado dentro de casa. Conforme a sociedade vai se conscientizando, ocorre a diminuição do uso”, ressaltou.



Exploração sexual
Para a delegada titular da Delegacia da Mulher, Ligia Furlanetto, a cidade apresenta um número elevado de casos em razão do porto, que acarreta um fluxo grande de pessoas nas embarcações. “Devido ao porto, o Município desenvolve um campo mais característico para a exploração. Além disso, Rio Grande tem níveis de pobreza altos e isso acaba propiciando que adolescentes de famílias mais vulneráveis sejam vítimas de abuso”, explicou.
Ligia falou sobre a necessidade de palestras como a que foi realizada pelo PPV. “Daí a importância da campanha para que possa haver a conscientização sobre essa prática extremamente grave. Isso auxilia para que o profissional fique atento e denuncie, para que a polícia possa apurar os casos”, disse.
Segundo a delegada, o número de casos de exploração é alto, mas à medida que ocorrem as campanhas e que as prisões são divulgadas o número diminui. “As prisões inibem um pouco os agressores. A repressão e a educação são maneiras de se prevenir esse tipo de crime”, esclareceu.



Posse
O prefeito Fábio Branco e a secretária municipal da Saúde, Zelionara Branco, empossaram na última segunda-feira, 21, os membros do Comitê do Programa de Prevenção à Violência do Rio Grande (PPV). O grupo é composto por representações de instituições governamentais e não-governamentais, nomeadas pelo prefeito por meio de decreto. A solenidade ocorreu na sala de reuniões do Executivo Municipal. Na ocasião, o prefeito Fábio Branco destacou a importância do programa, que tem como meta reduzir a violência em 20%. Dentro dessa questão estão a violência doméstica, urbana e no trânsito.



Lorena Garibaldi :FONTE:JORNAL AGORA O JORNAL DO SUL:/www.jornalagora.com.br/

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