Tratar pneumonia em casa é melhor que no hospital, aponta estudo.
O resultado foi publicado na quinta-feira (10) na edição online da revista "The Lancet".
A descoberta pode salvar milhares de vidas por ano, já que a pneumonia é a principal causa de morte de crianças em todo o mundo. Essa inflamação dos pulmões leva a óbito anualmente 1,4 milhão de menores de 5 anos – 99% deles nos países em desenvolvimento.
No trabalho, realizado no distrito de Haripur, no norte do Paquistão, os pesquisadores descobriram que cuidados domiciliares coordenados por um grupo de mulheres treinadas e munidas com doses do antibiótico amoxicilina durante cinco dias reduziram atrasos e falhas no tratamento, em comparação à prática padrão (administrar uma dose de antibiótico e encaminhar a criança a um hospital ou clínica para aplicação intravenosa de remédios).
Foram analisadas 1.857 crianças tratadas em casa com amoxicilina e outras 1.354 de um grupo de controle que recebeu o antibiótico cotrimoxazol e foi encaminhado ao centro médico mais próximo. Os autores observaram eventuais falhas no tratamento dos pacientes no sexto e no 14º dias.
Por causa da falta de recursos nos cuidados de saúde – muitas famílias fazem longas e caras viagens para chegar a um local que preste atendimento ainda precário –, o Paquistão e outros países em desenvolvimento se voltam cada vez mais para agentes comunitários de saúde.
Segundo os pesquisadores, o atendimento domiciliar oferece significativa redução de custos para as famílias e os sistemas de saúde, além de diminuir o risco de que crianças com pneumonia desenvolvam complicações decorrentes de infecções em hospitais lotados. No estudo, a mortalidade foi muito baixa: dois menores no grupo controle e um no de intervenção.
Na opinião do especialista em doenças infecciosas dr. Donald Thea, coautor do estudo e pesquisador do Centro para Saúde Global e Desenvolvimento da Universidade de Boston, os resultados provam que profissionais de saúde capacitados podem identificar e gerenciar essa complexa doença.
No início da pesquisa, os agentes foram chamados pelas famílias para o atendimento de menos de 1% dos casos suspeitos de pneumonia. Ao final do levantamento, esse número subiu para 52%.
Com uma atenção muito maior dada a doenças como aids e malária, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apelidou a pneumonia de "assassino esquecido das crianças." E essa pesquisa surge às vésperas da terceira edição do Dia Mundial Pneumonia, lembrado no próximo sábado (12) e destinado a chamar atenção para a doença.
A rede paquistanesa de agentes comunitários conta com 90 mil integrantes e foi criada em 1994 pela então primeira-ministra Benazir Bhutto – que morreu em um atentado em 2007. O objetivo é melhorar a saúde materna e infantil e gerar empregos para as mulheres, particularmente em áreas rurais, onde vivem três quartos da população.
Essas funcionárias, que são obrigadas a ter pelo menos o ensino fundamental, são responsáveis, cada uma, por 150 famílias. E programas semelhantes já estão em vigor em outros países, como Nepal e Malaui.
Segundo dados de 2007 da Organização das Nações Unidas (ONU), uma em 31 mulheres paquistanesas morre no parto ou em decorrência dele, e uma em dez crianças no país morre antes de completar 5 anos.
fonte:Globo.com/G1
Doença causa morte anual de 1,4 milhão de menores de 5 anos no mundo
Crianças com pneumonia grave tratadas em casa por agentes de saúde têm mais chances de cura que as encaminhadas aos hospitais. Essa é a conclusão de um estudo feito no Paquistão por pesquisadores da Universidade de Boston, da organização internacional Save the Children e da Organização Mundial da Saúde (OMS).O resultado foi publicado na quinta-feira (10) na edição online da revista "The Lancet".
A descoberta pode salvar milhares de vidas por ano, já que a pneumonia é a principal causa de morte de crianças em todo o mundo. Essa inflamação dos pulmões leva a óbito anualmente 1,4 milhão de menores de 5 anos – 99% deles nos países em desenvolvimento.
No trabalho, realizado no distrito de Haripur, no norte do Paquistão, os pesquisadores descobriram que cuidados domiciliares coordenados por um grupo de mulheres treinadas e munidas com doses do antibiótico amoxicilina durante cinco dias reduziram atrasos e falhas no tratamento, em comparação à prática padrão (administrar uma dose de antibiótico e encaminhar a criança a um hospital ou clínica para aplicação intravenosa de remédios).
Foram analisadas 1.857 crianças tratadas em casa com amoxicilina e outras 1.354 de um grupo de controle que recebeu o antibiótico cotrimoxazol e foi encaminhado ao centro médico mais próximo. Os autores observaram eventuais falhas no tratamento dos pacientes no sexto e no 14º dias.
Por causa da falta de recursos nos cuidados de saúde – muitas famílias fazem longas e caras viagens para chegar a um local que preste atendimento ainda precário –, o Paquistão e outros países em desenvolvimento se voltam cada vez mais para agentes comunitários de saúde.
Segundo os pesquisadores, o atendimento domiciliar oferece significativa redução de custos para as famílias e os sistemas de saúde, além de diminuir o risco de que crianças com pneumonia desenvolvam complicações decorrentes de infecções em hospitais lotados. No estudo, a mortalidade foi muito baixa: dois menores no grupo controle e um no de intervenção.
Na opinião do especialista em doenças infecciosas dr. Donald Thea, coautor do estudo e pesquisador do Centro para Saúde Global e Desenvolvimento da Universidade de Boston, os resultados provam que profissionais de saúde capacitados podem identificar e gerenciar essa complexa doença.
No início da pesquisa, os agentes foram chamados pelas famílias para o atendimento de menos de 1% dos casos suspeitos de pneumonia. Ao final do levantamento, esse número subiu para 52%.
Com uma atenção muito maior dada a doenças como aids e malária, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apelidou a pneumonia de "assassino esquecido das crianças." E essa pesquisa surge às vésperas da terceira edição do Dia Mundial Pneumonia, lembrado no próximo sábado (12) e destinado a chamar atenção para a doença.
A rede paquistanesa de agentes comunitários conta com 90 mil integrantes e foi criada em 1994 pela então primeira-ministra Benazir Bhutto – que morreu em um atentado em 2007. O objetivo é melhorar a saúde materna e infantil e gerar empregos para as mulheres, particularmente em áreas rurais, onde vivem três quartos da população.
Essas funcionárias, que são obrigadas a ter pelo menos o ensino fundamental, são responsáveis, cada uma, por 150 famílias. E programas semelhantes já estão em vigor em outros países, como Nepal e Malaui.
Segundo dados de 2007 da Organização das Nações Unidas (ONU), uma em 31 mulheres paquistanesas morre no parto ou em decorrência dele, e uma em dez crianças no país morre antes de completar 5 anos.
fonte:Globo.com/G1
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