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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma oficina voltada para agentes comunitários de saúde, a fim de intensificar o trabalho de busca ativa de óbitos e nascidos vivos.


Saúde promove oficina sobre busca ativa de óbitos e nascidos vivos

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) promove neste mês de dezembro uma oficina voltada para agentes comunitários de saúde, a fim de intensificar o trabalho de busca ativa de óbitos e nascidos vivos. O primeiro encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira, 3, no Centro Cultural Maria Ribeiro, em Nossa Senhora do Socorro, com os agentes deste município.

Segundo Giselda Melo, diretora da Vigilância Epidemiológica, a estratégia da SES é utilizar esses profissionais para o aumento do registro de nascimentos vivos e de óbitos em Sergipe. “Queremos entrar no método de cálculo direto da taxa de mortalidade infantil. Por isso, estamos implementando a notificação imediata de todos os nascidos vivos e óbitos nos territórios, através do número gratuito 0800-282-2822, com plantão 24 horas”, informou.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, que participou da abertura da oficina nesta quinta, Sergipe tem 100% de cobertura dos agentes comunitários de Saúde. “Sendo assim, o estado deveria ter, pelo menos, 90% de cobertura de registro de nascidos vivos e dos óbitos, mas só temos 80%”, acrescentou Rogério.

Além de expor esse percentual, considerado baixo, o secretário destacou o problema da demora no repasse de informações ao Estado. “Os registros deveriam chegar ao conhecimento da Secretaria de Estado da Saúde em 60 dias, no máximo, mas só temos conhecimento após seis meses ou até um ano depois”, relatou.

Oficialmente, a taxa de mortalidade infantil em Sergipe é de 30 a cada mil nascidos vivos, mas na realidade a taxa é de 17, 6 a cada mil. “Essa incompatibilidade ocorre devido à desorganização das equipes do Programa de Saúde da Família [PSF], que não fazem o registro em tempo hábil. A implantação do plantão 24 horas é justamente para resolver este problema”, discursou Rogério Carvalho.

Pacto

A oficina faz parte das ações do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil que o Governo Federal fez com os estados do Nordeste e da Amazônia Legal. O evento ocorrerá em cinco etapas, tendo como responsável pela parte pedagógica a Fundação Estadual de Saúde (Funesa). A segunda e a terceira serão realizadas no próximo dia 9, com agentes das regionais Aracaju, Socorro, Propriá, Itabaiana e Glória; e a quarta e quinta no dia 14 com agentes da capital e das regionais Lagarto e Glória.

“As autoridades assinaram em abril deste ano um Termo de Compromisso para reduzir em 5% ao ano a taxa de mortalidade infantil nos anos 2009 e 2010. E é a Atenção Básica de cada estado quem coordena as ações em conjunto com as equipes de PSF, o NASF [Núcleo de Apoio à Saúde da Família], as maternidades e as Vigilâncias em Saúde”, explicou Andreia Iung, coordenadora de Educação Permanente da Funesa.

Profissionais

Para Patrícia Melo, enfermeira do PSF do povoado Oiteiros, em Nossa Senhora do Socorro, a oficina é também um bom momento para avaliar a qualidade da assistência prestada. “Lá no povoado temos poucos partos e óbitos também, mas quando morre algum recém-nascido fazemos a investigação e enviamos o relatório mensalmente ao Estado””, explicou Patrícia.

Na opinião de Zélia Silva, agente comunitária de saúde há 10 anos, o treinamento é educativo. “Porém, os governos deveriam investir mais no planejamento familiar, porque evitaria muitas mortes de bebês, pois existem muitos pais que não estão preparados nem mesmo para fazer um pré-natal e muito menos em educar uma criança. Acho que a base de tudo está no planejamento familiar”, ressaltou Zélia.


FONTE:www.faxaju.com.br

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